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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Dia Nacional de Santa Lúcia: saudações à nação santa-lucense!


Saint Lucia
Santa Lúcia
Bandeira de Santa Lúcia
Brasão  Santa Lúcia
BandeiraBrasão de Santa Lúcia
Lema: "The land, the people, the light"
("A terra, o povo, a luz")
Hino nacional"Sons and Daughters of Saint Lucia"
("Filhos e Filhas de Santa Lúcia")
Gentílico: santa-lucense1
santa-luciense2

Localização  Santa Lúcia
CapitalCastries
14° 1' N 60° 59' O
Cidade mais populosaCastries
Língua oficialInglês e francês
GovernoMonarquia constitucional
 - MonarcaIsabel II do Reino Unido
 - Governadora-geralPearlette Louisy
 - Primeiro-ministroKenneth Anthony
Independênciado Reino Unido 
 - Data22 de fevereiro de 1979 
Área
 - Total539 km² (177.º)
 - Água (%)1,6
 Fronteirafronteira marítima com odepartamento ultramarinofrancês da Martinica (N), eSão Vicente e Granadinas(SW)
População
 - Estimativa de 2012162.1783 hab. (178.º)
 - Densidade269 hab./km² (29.º)
PIB (base PPC)Estimativa de 2007
 - TotalUS$ : 1,794 bilhões (160.º)
 - Per capitaUS$ : 10.654 (70.º)
IDH (2007)0,821 (69.º) – elevado4
MoedaDólar do Caribe Oriental(XCD)
Fuso horário(UTC-4)
 - Verão (DST)não observado (UTC-4)
ClimaTropical
Org. internacionaisONUOMCOEAAEC,OECOComunidade das NaçõesCARICOM,Francofonia
Cód. ISOLCA
Cód. Internet.lc
Cód. telef.+1-758
Website governamentalhttp://www.stlucia.gov.lc/

Mapa  Santa Lúcia
Santa Lúcia é um país insular das Pequenas Antilhas, no Caribe, próximo à MartinicaSão Vicente e Granadinas e Barbados. Seu nome foi dado por Cristóvão Colombo, que ali esteve, em 1502.
Os primeiros a povoarem a ilha de Santa Lúcia foram os arawak no século III a.C., que foram expulsos posteriormente pelos temíveis caribes. Espanhóis e ingleses tentaram ocupar a ilha, mas encontraram forte resistência dos nativos caribes. Em 1660, os francesesconseguiram se estabelecer ali, iniciando uma longa disputa com a Inglaterra que durou 150 anos. Por conta disto, a bandeira de posse em Santa Lúcia foi mudada 14 vezes consecutivas. Através do Tratado de Paris, em 1814, a Grã-Bretanha assumiu definitivamente o controle da ilha de Santa Lúcia, embora o período em que ela esteve sob dominação francesa tenha deixado marcas, inclusive no próprio idioma local, o patois, resultante da mescla de dialetos africanos com o francês.
Foi desenvolvido na ilha pelos ingleses o cultivo de cana-de-açúcar, e, posteriormente a introdução do cacau. Frutas tropicais também são produzidas, como a banana - seu principal produto - e o coco.
Entre 1959 e 1962, a ilha foi uma província da Federação das Índias Ocidentais. Tempos depois, foi-lhe atribuído o autogoverno, em 1967e a independência a 13 de dezembro de 1978, como membro da Commonwealth. Atualmente, o governo-geral está a cargo de Perlette Louisy, sendo primeiro-ministro Stephenson King.5
Fonte: Wikipédia em português

Cátedra de São Pedro

A caixa de bronze que sela a cadeira de São Pedro por Bernini na Basílica de São Pedro, em Roma.
Cátedra de Pedro ou Cadeira de São Pedro (em latim Cathedra Petri) é uma relíquia católica, conservada na Basílica de São Pedro em Roma, dentro de um compartimento de bronze, dourado, projetado e construído por Gian Lorenzo Bernini entre 1647 e 1653, que possuí a forma de uma cadeira de espaldar alto. Os católicos celebram a festa da Cátedra de Pedro nos dias 18 de janeiro e 22 de fevereiro.
A cadeira de um bispo ou outra autoridade religiosa, especialmente se dentro de uma catedral, é chamada cátedra (cathedra do latim) e esta concretamente é a que está na Basílica de São Pedro e que tem sido utilizada pelos papas como trono para o seu exercício de autoridade máxima e ex cathedra.
Alguns historiadores afirmam que foi utilizado pelo próprio São Pedro, outros porém, afirmam que na realidade ela foi um presente deCarlos II de França ao Papa Adriano II em 875.1 O certo é que existe uma inscrição muito mais antiga, datada de 370, atribuída aoPapa São Dâmaso, falando de uma cadeira portátil dentro do Vaticano2 e que houve festas em sua honra anteriores a essa data.
Assim da primitiva existiriam apenas uns pequenos pedaços que seriam encrostados nesta nova cadeira, igualmente de madeira, que encontra-se lacrada no tal compartimento de bronze da autoria de Gian Lorenzo Bernini. Para se o compreender é preciso pensar que, na altura, estava-se em plena contra-reforma em que foram construídos diversos outros relicários com a intenção de proteger as respectivas relíquias. Podemos ver que, como em O Êxtase de Santa Teresa, este é uma fusão da arte Barrocoescultura e arquitetura ricamente policromada, manipulando efeitos de luz. Depois possuí um painel com estofos padrão com um baixo-relevo de Cristo dando as chaves do céu a Pedro. Diversos anjos estão em torno do painel, em baixo há uma assento almofadado de bronze vazio: a relíquia da antiga cadeira está lá dentro.
Na Bíblia, em Mateus 16:18-19Jesus fala para Pedro: "Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam et portae inferi non praevalebunt adversum eam. et tibi dabo claves regni cælorum et quodcumque ligaveris super terram erit ligatum in cælis et quodcumque solveris super terram erit solutum in cælis." ("Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado nos céus"), esta frase está inscrita na cúpula em cima do relicário, sendo ambos vistos como símbolos da autoridade do Papa. Este evento é conhecido como Confissão de Pedro.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Vitória do Brasil na Batalha de Monte Castelo: 69 anos de história

Batalha de Monte Castello
Campanha da Itália
Segunda Guerra Mundial
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Altos oficiais americanos e brasileiros discutindo alternativas para ataques à Linha Gótica.
Data25 de novembro1944 - 21 de fevereiro,1945
LocalMontecastello Itália
ResultadoVitória dos Aliados
Combatentes
 Brasil
 Estados Unidos
Alemanha Nazi Alemanha Nazista
Comandantes
Brasil Mascarenhas de MoraisAlemanha Nazi Eccart von Gablenz
Forças
Brasil Força Expedicionária Brasileira
Estados Unidos Task Force 45(Primeiros ataques)
Alemanha Nazi 232ª Divisão de Infantaria
Baixas
417 (Forças Brasileiras)1702

Batalha de Monte Castelo (ou Monte Castello) foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas brasileiras devido a vários fatores. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.

1 Localização & Contexto[editar | editar código-fonte]

Monte situado a 61,3 km a sudoeste de Bolonha (monumento ai Caduti Brasiliani), via Località Abetaia (SP623), próximo a Abetaia. Coordenadas 44.221799°N 10.954227°E, a 977 m de altitude, nos Apeninos setentrionais, entre as regiões Toscana e Emília-Romanha. A batalha de Monte Castello está inserida na 2ª fase da Operação de Rompimento da Linha Gótica (no setor de responsabilidade do IV Corpo do V exército americano), na Campanha da Itália.

2 A operação[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 1944 a 1ª DIE, após cumprir as missões à ela delegadas na frente de batalha no vale do rio Serchio (onde vinha combatendo há cerca de dois meses), foi enviada para a frente do rio Reno3 , na base dos Apeninos setentrionais, na divisa central das regiões Toscana e Emília-Romanha. Neste ponto da Linha Gótica, num perímetro que tinha um raio aproximado de 20 quilômetros, cobrindo uma área que tinha à frente montanhas sob controle dos alemães, o general Mascarenhas de Moraes montou seu quartel-general avançado, na localidade de Porretta Terme.4
As posições de artilharia alemãs eram consideradas privilegiadas, submetendo os aliados à uma vigilância constante, dificultando qualquer avanço em direção à Bolonha e ao Vale do Pó. Estimativas davam conta que o inverno seria rigoroso, complicando a situação que no outono, já havia se degenerado devido às chuvas que transformaram as estradas já esburacas pelos bombardeiros aliados, em lamaçais.
O general Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália, pretendia liberar com o IV Corpo de exército (do qual a divisão brasileira fazia parte), o caminho do 8º Exército Britânico rumo à Bolonha, antes que as primeiras nevascas começassem a cair. Entretanto, o complexo de defesas formado pelos alemães em torno de Monte Castello, (Lizzano in) Belvedere, Monte Della Toraccia, Castelnuovo (di Vergato), Torre di Nerone e Castel D'Aiano, se mostrou extremamente resistente.5 6

3 Forças alemãs[editar | editar código-fonte]

A frente italiana estava sob a responsabilidade do Grupo de Exércitos C, sob o comando do generaloberst Heinrich von Vietinghoff. A ele estavam subordinados três exércitos alemães: 10º14º e "Exército da Ligúria", este último defendendo a fronteira com a França. O 14º era composto pelo 14º Corpo Panzer e pelo 51º Corpo de Montanha. Dentro do 51º Corpo estava a 232ª DI Alemã, sob o comando do tenente-general Eccard Freiherr von Gablenz, um veterano de Stalingrado.
A 232ª foi ativada a 22 de junho de 1944, sendo formada por uma mescla de recém recrutados e veteranos da frente russa.7 Era composta por três regimentos de infantaria (1043º, 1044º e 1045º), cada um com apenas dois batalhões, mais um batalhão de fuzileiros (batalhão de reconhecimento) e um regimento de artilharia com 4 grupos, além de unidades menores. Esta formação totalizava cerca de 9.000 homens. A idade da tropa variava entre 17 e 40 anos e os soldados mais jovens e aptos foram concentrados no batalhão de fuzileiros. Durante o final de 1944, esta unidade foi reforçada com elementos do 4º Batalhão de Montanha (Mittenwald), além de membros das 1ª Divisão SS e 1ª Divisão de Paráquedistas.8

4 Tentativas fracassadas[editar | editar código-fonte]

Campanha da FEB
Como se constatou posteriormente, uma DI (divisão de infantaria) era tropa insuficiente para uma missão daquela magnitude naquelas condições e terreno. No entanto, como o comando aliado na Itália carecia de tropas e mantinha o objetivo de atingir Bolonha antes do Natal, assim foi determinado. Em 24 de novembro, o Esquadrão de Reconhecimento e o 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria da 1ª DIE juntaram-se à Força-Tarefa 45 dos Estados Unidos para a primeira investida ao monte Castello.9
No segundo dia de ataques tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar o cume do monte Castello, depois de conquistarem o vizinho Monte Belvedere. Entretanto, em uma contra-ofensiva poderosa, os homens da 232ª DI germânica, responsável pela defesa dos montes Castello e Della Torracia, recuperaram as posições perdidas, obrigando os soldados brasileiros e americanos a abandonar as posições já conquistadas - com exceção do monte Belvedere.
Em 29 de novembro, planejou-se o 2º ataque ao monte. Nesta contra-ofensiva a formação de ataque seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três batalhões - contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos. Todavia, um fato imprevisto ocorrido na véspera da investida comprometeria os planos: na noite do dia 28, os alemães haviam efetuado em contra-ataque contra o monte Belvedere, tomando a posição dos americanos e deixando descoberto o flanco esquerdo do aliados.
Inicialmente a DIE pensou em adiar o ataque, porém as tropas já haviam ocupado suas posições e deste modo a estratégia foi mantida. Às 7 horas uma nova tentativa foi efetuada.
As condições do tempo mostravam-se extremamente severas: chuva e céu encoberto impediam o apoio da força aérea e a lama praticamente inviabilizava a participação de tanques. O grupamento do general Zenóbio da Costa no início conseguiu um bom avanço, mas o contra-ataque alemão foi violento. Os soldados alemães dos 1.043º, 1.044º e 1.045º regimentos de infantaria barraram os avanços dos soldados. No fim da tarde, os dois batalhões brasileiros voltaram à estaca zero.
Em 5 de dezembro, o general Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo de que "caberia à DIE capturar e manter o cume do Monte Della Torracia - Monte Belvedere."10 Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castello ainda era o objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, a qual havia sido adiada por uma semana.
Mas em 12 de dezembro de 1944, a operação foi efetivada, data que seria lembrada pela FEB como uma das mais violentas enfrentadas pela tropas brasileiras no teatro de operações na Itália. Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do 1º Regimento de Infantaria fizeram, inicialmente, milagres. Houve inicialmente algumas posições conquistadas, mas o pesado fogo da artilharia alemã fazia suas baixas. Mais uma vez a tentativa de conquista se mostrou infrutífera e, o pior, causando 150 baixas, sendo que 20 soldados brasileiros haviam sido mortos.
A lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que o monte Castello só seria tomado dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército. Somente em 19 de fevereiro de 1945, após a melhora do inverno o comando do 5º Exército determinou o início de uma nova ofensiva para a conquista do monte. Tal ofensiva denominada de Operação Encore utilizaria as tropas da 10ª Divisão de Montanha americana e da 1ª DIE.

5 O ataque final[editar | editar código-fonte]

Desta vez a tática utilizada, seria a mesma idealizada por Mascarenhas de Moraes em 19 de novembro, utilizando 2 divisões. Assim, em 20 de fevereiro, as tropas da Força Expedicionária Brasileira apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo ao monte Castello. À esquerda do grupamento brasileiro, o avanço seria iniciado em 18 de fevereiro pela 10ª Divisão de Montanha dos Estados Unidos, tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o monte Belvedere e garantir, dessa forma, a proteção do flanco mais vulnerável do setor.11 12
A resistência alemã se fez mais uma vez presente, e a 10ª Divisão de Montanha americana não tinha assegurado suas posições, assim o ataque brasileiro ao Castello se fazia imprescindível. Tal ataque começou ao amanhecer do dia 21 de fevereiro, com o Batalhão Uzeda seguindo pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal ao monte, e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardando nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do monte Castello no máximo ao entardecer, após a tomada do Monte Della Torracia ser executada pela 10ª Divisão de Montanha, de tal modo o comando do IV Corpo estava certo de que o Castello não seria tomado antes do Della Torracia.13
Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do monte Castello, os americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã, só o fazendo noite adentro, quando com a ajuda de alguns elementos brasileiros que já haviam completado sua missão.14
Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo general Cordeiro de Farias, que entre 16h e 17h do dia 22, efetuou um fogo de barragem perfeito contra o cume do monte Castello, permitindo a movimentação das tropas brasileiras.

6 Bibliografia[editar | editar código-fonte]

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Aniversário do Correio Aéreo Nacional no Brasil: 83 anos de história

Logotipo do Correio Aéreo Nacional do Brasil
Olá, pessoal, hoje é aniversário da criação do Correio Aéreo Nacional, em 1931, que desde então vem encurtando as distâncias nesse grande país.
O Correio Aéreo Nacional (CAN) é um serviço postal militar brasileiro iniciado em 1931. Tem por objetivo integrar as diversas regiões do país e permitir a ação governamental em comunidades de difícil acesso, possuindo relevante papel social. Atua também como instrumento de integração entre os países da América do Sul. É de competência exclusiva do governo federal1 e mantido pela Força Aérea Brasileira através do COMGAR (Comando-Geral de Operações Aéreas)2 .
Originalmente denominado Serviço Postal Aéreo Militar, foi denominado logo em seguida como Correio Aéreo Militar. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, foram unidos o Correio Aéreo Militar (mantido pelo Exército Brasileiro) e o Correio Aéreo Naval (mantido pela Marinha do Brasil), constituindo-se o CAN.

1 História[editar | editar código-fonte]

1.1 Os primeiros tempos[editar | editar código-fonte]

O serviço entrou em operação no dia 12 de junho de 1931, quando os tenentes do Exército, Casimiro Montenegro Filho e Nelson Freire Lavenère-Wanderley, a bordo do monomotor biplanoCurtiss Fledgling matrícula K263 (apelidado carinhosamente de "Frankenstein"), transportaram uma mala postal com duas cartas, do Rio de Janeiro para São Paulo, e de lá retornando, com correspondência, no dia 15 de junho. Esse vôo inaugural durou cinco horas e vinte minutos, seguindo a rota direta que ultrapassava as montanhas do litoral. O retorno demorou apenas três horas e meia, seguindo a rota do vale do rio Paraíba até à altura da cidade de Resende e daí infletindo para o Rio. Esta última se tornaria a rota oficial para as aeronaves do CAN entre as duas cidades daí em diante, três vezes por semana, até à entrada em operação, posteriormente, de aviões bimotores.
A partir da implantação dessa primeira linha, permitindo o treinamento de pilotos e mecânicos, três meses mais tarde iniciavam-se os estudos para a sua extensão até Goiás.
A Aviação Militar passou a dispor de monomotores biplanos WACO em 1932, pouco antes e durante a Revolução Constitucionalista de 19323 , período em que se intensificaram as atividades do CAN: foram assim implantadas as linhas até Goiás, Mato GrossoParaná e Bahia. Em 1935, as linhas do serviço alcançavam a Amazônia. No ano seguinte (1936), em janeiro, foi inaugurada a primeira linha internacional, entre as cidades do Rio de Janeiro e Assunção, no Paraguai.

1.2 O Correio Aéreo Nacional[editar | editar código-fonte]

Com a criação do Ministério da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1941, pela fusão da antiga arma da Aviação Militar do Exército com a da Aviação Naval da Marinha, o Correio Aéreo foi transferido para este órgão e recebeu a denominação com que ficou conhecido: Correio Aéreo Nacional. A sua direção ficou afeta à Diretoria de Rotas Aéreas, cujo diretor foi o BrigadeiroEduardo Gomes. A partir de então, em abril de 1943 as linhas foram estendidas até ao rio Tocantins e Belém do Pará, e desta última até Caiena, com escalas em Macapá e Oiapoque. Em maio de 1945 foi aberta uma nova linha internacional, que ligava a região Centro-Oeste a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
O grande impulso do CAN registrou-se após o término da Segunda Guerra Mundial, com a entrada em serviço das aeronaves bimotores monoplano C-45 Beechcraft e Douglas C-47, com maior capacidade de carga e autonomia de vôo.
No ano seguinte, a linha para a Bolívia era estendida até à capital, La Paz, empregando aeronaves C-47 no trajeto Rio de Janeiro - São Paulo - Três Lagoas - Campo Grande - Corumbá - Roboré - Santa Cruz de la Sierra - Cochabamba - La Paz.
Em 1947 foi aberta a linha que conduzia ao então território do Acre; em 1951, a linha internacional para Lima, no Peru.
Em novembro de 1952 era aberta a linha para o rio Araguaia, inciando-se o apoio do CAN aos postos do antigo Serviço de Proteção ao Índio na rota Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Uberaba -Goiânia - Aruanã - Conceição do Araguaia - Las Casas - Gorotire. Nesse mesmo ano era aberta a linha Rio de Janeiro - Manaus, que se estendia até Boa Vista e, em seguida, a linha até ao Rio Negro, esta com o emprego dos lendários monoplanos bimotores anfíbios CA-10 Catalina. A função desta linha era a de apoiar as populações indígenas e as missões religiosas nos vales dos Negro e Uaupés. Estas aeronaves seriam posteriormente transferidas da Base Aérea do Galeão para a Base Aérea de Belém, intensificando o serviço na região Amazônica, assim como o apoio aos pelotões de fronteira do Exército e às populações ribeirinhas.
Em 1956, foi aberta a linha para Montevidéu, no Uruguai; em 1957, uma linha internacional especial até à região do canal de Suez para atender o chamado "Batalhão Suez" que, a serviço dasForças de manutenção da paz das Nações Unidas, se encontrava em operações na Faixa de Gaza. Esta última foi atendida mensalmente com o recurso a aeronaves monoplano quadrimotoresB-17 durante três anos, até à entrada em operação dos Douglas C-54.
Em 1958, eram iniciadas as linhas para Quito, no Equador, e para os Estados Unidos da América.

1.3 As aeronaves Douglas[editar | editar código-fonte]

Com a entrada em operação dos quadrimotores Douglas C-54, e posteriormente dos Douglas C-118 na Força Aérea Brasileira, com maior capacidade de carga, maior autonomia de vôo e melhores aviônicos, iniciou-se uma nova etapa para o CAN. Puderam ser melhor atendidas as linhas que ultrapassavam a cordilheira dos Andes e o oceano Atlântico.
Com o C-54, em 1960, foi aberta a linha para Santiago do Chile, com escala em Buenos Aires. Em meados da década de 1960, foram adquiridas, na Grã-Bretanha, aeronaves turbohélice Avro C-91, que viriam a substituir as Douglas C-47 e as Beechcraft C-45 em determinadas rotas. Também nesse período, em 1965, entram em operação os Lockheed C-130 Hercules, que não apenas ampliaram o raio de ação do CAN, mas também a sua capacidade de transporte de pessoal, carga e equipamentos pesados, não apenas para todos os quadrantes do território brasileiro, mas que, na década de 1980 alcançaram o continente Antártico, no contexto do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
Em 1968 entraram em operação as aeronaves bimotor turbohélice C-115 Buffalo, que pela sua robustez e versatilidade atenderam principalmente a região Amazônica.
Posteriormente, na década de 1980, entraram em operação aeronaves Embraer C-95 Bandeirante e C-97 Brasília, que passaram a atender muitas das linhas vicinais do CAN. Para o atendimento às linhas-tronco, em 1985 foram adquiridas à Varig quatro Boeing 707, ampliando a eficácia no atendimento logístico e de trasporte de pessoal.
Em 2004 4 , entraram em operação os birreatores Embraer ERJ-145, substituido os Avro C-91, iniciando-se novas linhas internacionais.
Mais recentemente, para atendimento aos pontos extremos do território, entraram em operação os bimotores turboélice C105-A Amazonas e Cessna C-98 Caravan, devido às suas capacidades de pouso e decolagem em pistas curtas.

2 Notas

  1. Ir para cima De acordo com o artigo 21, inciso X da Constituição da República Federativa do Brasil
  2. Ir para cima http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?page=comgar
  3. Ir para cima A WACO fabricou diversos modelos da aeronave, sendo que três foram utilizados no Brasil tanto no Correio Aéreo Militar quanto no Correio Aéreo Naval: WACO CSO ou MilitarWACO CPF e WACO CJC ou Cabin. Durante o conflito, foi empregado o Waco CSO, uma versão bélica, armada com metralhadoras e bombas. Encontram-se preservados e em exposição um exemplar de cada modelo no Museu Aeroespacial. O Waco CSO foi restaurado de modo a representar a aeronave empregada pelo Tenente Muricy em diversas missões de combate.
  4. Ir para cima http://www.defesanet.com.br/alide/c99.htm

3 Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CAMBESES Jr. Manuel. A Saga do Correio Aéreo Nacional. Revista do Clube Militar, ano LXXXI, n. 430, ago-set-out 2008, p. 20-24.
  • SOUZA, José Garcia de. A epopéia do Correio Aéreo. Rio de Janeiro: Revista Aeronáutica Editora (1986).
  • Guia Oficial do Museu Aeroespacial. São Paulo: C & R Editorial, 2006.

5 Ligações externas[editar | editar código-fonte]