Bandeira da União Soviética com traços comunistas: a foice representando os camponeses e o martelo representando os operários.
Hino Nacional Soviético:
A letra é do poeta Sergey Mikhalkov e a música do compositor Alexander Alexandrov.
A letra é do poeta Sergey Mikhalkov e a música do compositor Alexander Alexandrov.
Mapa político da União Soviética com a divisão em cores das repúblicas socialistas antes da dissolução do país.
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS; em russo: Союз Советских Социалистических Республик, transliterado como Soyuz Sovetskikh Sotsialisticheskikh Respublik) ou simplesmente União Soviética (em russo: Советский Союз, transliterado como Sovetskij Soyuz), foi um Estado socialista localizado na Eurásia que existiu entre 1922 e 1991. Uma união de várias repúblicas soviéticas subnacionais, a URSS era governada por um regime unipartidário altamente centralizado comandado pelo Partido Comunista e tinha como sua capital a cidade de Moscou.2
A União Soviética teve suas raízes na Revolução Russa de 1917, que depôs o autocracia imperial. Após a revolta, os bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, derrubaram o governo provisório que tinha sido estabelecido. A República Socialista Federativa Soviética Russa foi então criada e a Guerra Civil Russa começou. O Exército Vermelho entrou em diversos territórios do antigo Império Russo e ajudou os comunistas locais a tomar o poder. Em 1922, os bolcheviques foram vitoriosos, formando a União Soviética, com a unificação das repúblicas soviéticas da Rússia, Ucrânia, Bielorrússia e Transcaucásia. Em 1924, após a morte de Lenin, houve a liderança coletiva da troika e uma breve luta de poder, quando então Josef Stálin chegou ao poder em meados dos anos 1920. Stálin associou a ideologia estatal ao marxismo-leninismo e iniciou um regime de economia planificada. Como resultado, o país passou por um período de rápida industrialização e coletivização, que lançou as bases de apoio para o esforço de guerra posterior e para o domínio soviético após a Segunda Guerra Mundial.3 No entanto, Stálin reprimiu tanto os membros do Partido Comunista quanto elementos da população através de seu regime autoritário.
No início da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha nazista, inicialmente para evitar um confronto, mas o tratado foi desconsiderado em 1941, quando os nazistas invadiram o território da URSS e deram início ao maior e mais sangrento teatro de guerra da história. As perdas soviéticas durante a guerra foram proporcionalmente as maiores do conflito, devido ao custo para adquirir vantagem sobre as forças das Potências do Eixo em batalhas intensas, como a de Stalingrado, que conduziram os soviéticos pela Europa Oriental até a captura de Berlim em 1945, infligindo a grande maioria das perdas alemãs durante a guerra.4 Os territórios que a URSS conquistou das forças do Eixo na Europa Central e Oriental posteriormente se tornaram os Estados satélites do Bloco Oriental. Diferenças ideológicas e políticas com os seus homólogos do Bloco Ocidental, que era liderado pelos Estados Unidos, levou à formação de diversos pactos econômicos e militares que culminaram no longo período da Guerra Fria.
Um processo de desestalinização seguiu-se após a morte de Stálin, reduzindo os aspectos mais duros da sociedade soviética. Em seguida, a URSS passou a iniciar vários dos mais significativos avanços tecnológicos do século XX, incluindo o lançamento do primeiro satélite artificiale do primeiro voo espacial de um ser humano na história, fatores que criaram a corrida espacial. A crise dos mísseis de Cuba em 1962 marcou um período de extrema tensão entre as duas superpotências, o que foi considerado o mais próximo de um confronto nuclear mútuo. Na década de 1970, houve um relaxamento das relações internacionais, mas as tensões políticas foram retomadas com a invasão soviética do Afeganistão em 1979. A ocupação drenou recursos econômicos e arrastou-se sem alcançar resultados políticos significativos.5 6
Na década de 1980 o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, buscou reformar a União com a introdução das políticas glasnost e perestroikaem uma tentativa de acabar com o período de estagnação econômica e de democratizar o governo. No entanto, as reformas de Gorbachev levaram ao surgimento de fortes movimentos nacionalistas e separatistas no país. As autoridades centrais então iniciaram um referendo, que foi boicotado pelas repúblicas bálticas e pela Geórgia e que resultou em uma maioria de cidadãos que votaram a favor da preservação da União como uma federação renovada. Em agosto de 1991, uma tentativa de golpe de Estado contra Gorbachev foi feita por membros linha-dura do governo, com a intenção de reverter as reformas. O golpe fracassou e o presidente russo Boris Yeltsin desempenhou um papel de destaque em sua derrota, o que resultou na proibição do Partido Comunista. Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou e as doze repúblicas restantes surgiram da dissolução da União Soviética como países pós-soviéticos independentes.7 A Federação Russa, o Estado sucessor da República Socialista Federativa Soviética Russa, assumiu os direitos e obrigações da antiga União Soviética e tornou-se reconhecido como a continuação de sua personalidade jurídica.8
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